12 dezembro, 2007

Posição da República Islâmica do Irão acerca do seu Programa Nuclear

Comité: Conselho de Segurança
Tópico: Irão e a Questão Nuclear
País: Republica Islâmica do Irão
Faculdade: Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas

I. Posição Oficial

A Republica Islâmica do Irão enquanto signatária do Tratado de Não Proliferação tem o direito inalienável de desenvolver tecnologia nuclear, nomeadamente enriquecimento de urânio para fins pacíficos.
Embora sejamos um dos maiores produtores e exportadores de crude e gás natural, estes recursos são nos mais úteis como meio de obtenção de capital estrangeiro do que de base energética.


Sublinho ainda que é necessário reconhecer que o desenvolvimento de recursos de energia alternativa, constitui uma parte importante dos interesses nacionais iranianos, dai que não possamos continuar a admitir ingerências externavas. Tendo em conta a nossa necessidade legítima e afecta ao povo iraniano do desenvolvimento de energia nuclear, declaro que o Irão não se moverá nem um instante do seu programa nuclear civil.
Tendo presente o recente relatório da Nacional Intelligence Estimate (organismo que coordena as 16 agências de espionagem norte-americana) que garante que o Irão parou com o seu programa de armas nucleares no Outono de 2003, e o último relatório da Agência Internacional de Energia Atómica que data do passado mês de Setembro onde está saúda o Irão pelo compromisso em responder a questões feitas por esta agencia sobre o seu programa nuclear, a Republica Islâmica do Irão deseja, apesar da constante insistência de que continuamos a representar uma ameaça á segurança mundial, o diálogo com as potências mundiais aqui presentes neste Comité caso estas o façam com um espírito de amizade e cooperação semelhante ao do povo iraniano.


Procuramos com as negociações a decorrer nos próximos dias que as sanções e restrições previstas nas Resoluções nº1696 (2006), nº 1737 (2006) e nº1747 (2007) sejam revistas e retiradas ao Irão de forma a que a nossa imagem seja reconstruída após esta crise internacional que muito nos afectou, quer em termos económicos quer sócio-culturais.
Lembrando o quão internacional se tornou a questão nuclear iraniana e reafirmando uma vez mais a intenção meramente civil do nosso programa e não, como tem vindo a ser argumentado, o desenvolvimento de armamento nuclear, realço que não tem qualquer sentido o fabrico de mais bombas nucleares além das que o mundo já possui e mesmo essas deveriam ser desactivadas para que possamos viver em segurança.


Dada a importância que tem vindo a ser dada relativamente a esta matéria, é desejo iraniano que toda ela seja não só encarada como uma questão técnica, mas sobretudo como uma matéria bem mais profunda que abarque as questões sócio-culturais, históricas e económicas.

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