17 abril, 2008

A Revolução Islâmica - O Irão na Guerra-Fria

Contextualização

A Revolução Islâmica de 1979 não deverá ser entendida simplesmente como um fenómeno político estritamente interno, pois muitas das causas que levaram ao descontentamento generalizado prendem-se com condições conjunturais do sistema internacional no qual o Irão esteve inserido. Desta forma, afigura-se como uma análise de relevo aquela que venha trazer alguma luz sobre o relacionamento do Irão com as principais potências da época, sobretudo os EUA. Dessa análise esperamos obter um entendimento contextual sobre a conjuntura nos quais se desenvolveram os principais acontecimentos que levaram à Revolução de 1979, assim como a influência que o Shah recebeu do exterior para actuar desta ou daquela forma.

O compromisso com os soviéticos

O período do pós-II Guerra Mundial viria a trazer ao Irão, especialmente ao recém-nomeado Shah Mohammad Reza Pahlavi e ao seu Primeiro-Ministro Ahmad Qavam, uma nova era de desafios ao Irão. Com efeito, o legado a guerra fora especialmente pesado ao país e seus habitantes, considerando a importância que desempenhou na derrota dos alemães na frente oriental, que subsequentemente levou à sua derrota final em Berlim. Face aos compromissos assumidos nas Conferências de Teerão e Potsdam, entre os Três Grandes, de garantirem o recuo das tropas mobilizadas para o território iraniano e de reconhecerem a sua total independência, a ameaça soviética constituiu um entrave que colocou sérias controvérsias estratégias entre a URSS, EUA e Irão. Vejamos como.

Com o final da II Guerra Mundial, as tropas de Estaline hesitavam em sair do Irão. Num conjunto de repúblicas que se estendia até ao Norte do Cáucaso, a permeabilidade das fronteiras aos ideais e influência de Moscovo era evidente. Ademais, era bem conhecida a perversão com que a ideologia marxista-leninista seduzia populações especialmente desfavorecidas em termos sócio-económicos, como se provou no pós-I Guerra Mundial, por isso importava desde logo assegurar a total independência e pleno desenvolvimento do Irão face ao expansionismo soviético. Como é óbvio, a Doutrina Truman veio defender exactamente isso, a intrínseca correlação entre a contenção da ameaça vermelha e a independência e desenvolvimento dos povos situados na órbita de Moscovo. No entanto, e face ao enorme desgaste inerente à vitória da guerra na frente europeia e do Pacífico, os EUA encontravam-se reluctantes em enveredar por um novo conflito com a aliada URSS, especialmente o um novo presidente na chefia dos destinos da superpotência – Harry Truman.

Desta feita, Estaline aproveitou-se da relativa ingenuidade e contingências do novo presidente para forçar a sua presença na região, impelindo grupos subversivos soviéticos a penetrar nas províncias do Norte do Irão e aí desenvolverem actividades que visassem aproximar os governantes aos ideais marxistas-leninistas. Para tal, pequenos grupos de “doutrinadores” foram enviados para localidades relativamente pequenas e centros urbanos periféricos, pois aí existiam não só populações maioritariamente desfavorecidas, como também uma fraca implementação do poder central de Teerão. Simultaneamente, tropas soviéticas foram enviadas para o Azerbeijão e Arménia, alargando as fronteiras da URSS até ao Irão através do Cáucaso. O poder aumenta, e a margem de manobra dos iranianos e norte-americanos era reduzida.

Assim, em Janeiro de 1946 era proclama a República Popular do Curdistão, que logo se aliou ao Azerbeijão, e assim fechou o círculo de alianças com a URSS, consolidando a influência soviética na região. Pela mesma altura, os EUA retiravam o último homem de território iraniano, causando um grave problema diplomático e estratégico para ambas as facções. Deveriam os EUA intervir militarmente em nome do Irão para responder à sua Doutrina Truman e conter a expansão soviética no Médio Oriente? Declararia o Irão guerra à URSS por ingerência nos seus assuntos internos e presença excessiva de tropas fronteiriças a Norte, que ameaçavam a integridade territorial do seu país? Tentar-se-iam vias diplomáticas para resolverem a crise?

Ponderadas todas as possíveis situações de resolução, os resultados foram surpreendentemente pragmáticos e satisfatórios. O então Primeiro-Ministro Ahmad Qavam, cuja busca pelo poder tentava secundarizar aquele do Shah e assim afirmar-se como o legítimo líder do governo iraniano, negoceia com os soviéticos a concessão de contratos petrolíferos em troca do seu recuo militar do território e províncias do Norte. Esta simples proposta, que Qavam presumia ser vetada pelo Congresso do Irão, afigurava-se como uma engenhosa e hábil alternativa aos planos militares colocados sobre a mesa. Para reafirmar este interesse recíproco, contudo, os EUA fizeram saber através dos canais comunicacionais ainda existentes entre os Aliados que tencionavam mobilizar equipamento estratégico de médio e longo alcance para o Irão caso as tropas soviéticas não recuassem e respeitassem os acordos assinados em tempo de guerra. Entre esse equipamento contamos a existência de mísseis nucleares, bombardeiros de alta-altitude e longo-alcance, e contingentes militares para campanhas terrestres.

Embora muitos autores considerem esta declaração mero bluff, o que é certo é que Estaline viu Qavam como um possível parceiro no Irão através do qual pudesse vir a estabelecer novos acordos e parcerias que trouxessem Teerão para a sua esfera de influência por meios pacíficos e consentimento. Assim, assinou prontamente a concessão proposta por Qavam e procedeu ao recuo das suas forças militares. Entretanto, o Congresso vetava o contrato e este não entrava em efeito, enquanto Washington aprofundava os seus laços com o Irão. Isto marcaria profundamente o futuro do país ao longo de toda a Guerra-Fria, à medida que o poder de Qavam diminuía, até ser substituído por ordens do Shah e apoio norte-americano. Contudo, começava uma relação de parceria que cedo iria ultrapassar as melhores previsões quer de analistas norte-americanos, quer de iranianos.

De facto, essa cooperação viria a dar novamente frutos a favor do Shah quando se depara com outro líder da oposição, democraticamente eleito, mas anti-ocidental e anti-modernizante. A estratégia aplicada neste caso foi, eufemisticamente, bastante diferente.

A Operação Ajax

A data a ter em conta é 19 de Agosto de 1953. Esta data marcou de forma crucial a história do Irão, no qual, EUA e Inglaterra, através de um “ensaiado” Golpe de Estado ajudaram a expulsar a elite nacionalista que governava o país e que tinha os norte-americanos como seus aliados ideológicos. Mesmo que estas duas últimas palavras possam parecer incompreensíveis, a verdade é que até à data, os norte-americanos eram encarados com grande admiração e respeito, em virtude das inúmeras instituições sociais que ajudaram a criar no país.

Em 1953, o Irão tinha como Primeiro-Ministro Mohamed Mossadegh, eleito em 1951, um homem dotado de uma grande dose de autoconfiança e sentimento nacionalista. Este era muito apoiado pelos iranianos em virtude das suas políticas sociais – defesa da liberdade religiosa, apoio aos direitos das mulheres, construção de habitações sociais, banhos públicos, … Era igualmente conhecido por ser extremamente honesto e impenetrável à corrupção. Foi eleito pela revista Time como “Homem do Ano” em 1951. Mossadegh sempre lutou pelo direito dos iranianos governarem o seu país em liberdade, sem ingerência externa. Este sempre fora o seu lema, antes e durante o seu mandato como Primeiro-Ministro traduzindo-se na prática na libertação da submissão para com a Grã-Bretanha, proprietária da Anglo-Iranian Oil Company (AIOC).

A AIOC era uma companhia extremamente lucrativa que vendia o seu petróleo dez a trinta vezes mais acima do seu preço de produção. Tal facto tornava-a extremamente odiada no Irão.

Quando Mossadegh se torna Primeiro-Ministro em 1951, cumpriu o seu grande objectivo político, a nacionalização da AIOC transformando-a na Iranian Oil Company. Este acontecimento semeou a ira nas hostes inglesas, que, a parir de então, tomaram como objectivo fulcral a recuperação da sua concessão petrolífera. Elaboraram então toda uma estratégia para depor Mossadegh, designada de Operação Bota.

No entanto, precisavam do apoio norte-americano para que a operação não falhasse e não suscitasse qualquer desconfiança. À data, 1952, era Harry Truman quem ocupava o cargo de Presidente dos EUA, e este sempre se opusera ao uso da força contra o Irão. Temia que qualquer tipo de acção contra este país instigasse outros países do Médio Oriente contra ingleses e americanos. No entanto, esta atitude mudou radicalmente em Novembro de 1952 com a eleição de Dwight Eisenhower.

Por forma a obterem o apoio de que necessitavam, o governo inglês falseou a tese tradicional que constituía no derrube de Mossadegh, dado que este nacionalizara propriedade inglesa, e decidiram antes dar ênfase à ameaça comunista no Irão.

O Irão possuía uma enorme riqueza petrolífera, uma grande proximidade geográfica com a URSS, um Partido Comunista activo e um Primeiro-Ministro nacionalista. Os EUA encararam então a possibilidade de o país cair na esfera comunista. Esta tese foi rematada com a subsequente substituição de Mossadegh por um Primeiro-Ministro pró-Ocidental. Este remate captou desde logo o interesse de Eisenhower pondo assim em marcha a Operação Ajax.
A Operação Ajax foi arquitectada, sobretudo pelos EUA e pela Inglaterra, no entanto, o papel principal coube à CIA e a Kermit Roosevelt, que, além de ser neto de Theodore Roosevelt, era o coordenador operacional no terreno. Como é óbvio, e à semelhança de toda esta operação, agia de forma camuflada.

O plano da Operação Ajax visava uma intensa campanha contra Mossadegh lançada pela CIA, manipulando a opinião pública iraniana, em mesquitas, imprensa e nas ruas. Ao general Fazlollah Zahedi, o homem escolhido para substituir Mossadegh, cabia a função de subornar alguns oficiais e militares de modo a ficarem a postos para qualquer tipo de acção militar caso esta fosse necessária. Nem os deputados do Majlis (Parlamento iraniano) foram descurados, sendo muitos deles igualmente subornados.

Enquanto isso, pagava-se a criminosos para lançarem ataques sobre líderes religiosos de modo a parecerem ter sido ordenados por Mossadegh – conhecido pelo seu secularismo.

Em meados de Agosto de 1953, Kermit Roosevelt e os seus agentes iranianos encontravam-se prontos para entrar em acção. Juntos, tinham conduzido o Irão à beira do caos. Jornais e líderes religiosos clamavam pela cabeça de Mossadegh. As ruas de Teerão eram autênticos campos de batalha organizados pela CIA.

A data inicial do golpe era 15 de Agosto, no entanto, uma fuga de informação levou ao falhanço da operação. Foi então a 19 de Agosto, apenas 4 dias depois, que esta armadilha política alcançou os seus objectivos. Mossadegh foi então preso (condenado a 3 anos de prisão seguido de um encarceramento em prisão domiciliária até 5 de Março de 1967, data da sua morte) e substituído por Fazlollah Zahedi através de um firmão (decreto) emitido pelo Shah Mohammed Reza Pahlavi, também ele alvo de suborno por parte de K. Roosevelt. Este último contava com o grande respeito que os iranianos detinham pelo poder real, uma tradição antiga, para que não questionassem a legalidade de tal documento.

A Operação Ajax foi assim o primeiro passo em direcção à revolução iraniana de 1979. Tanto ingleses com americanos não previram que o Shah reunisse tanta força e que a usasse de forma tão tirana, nem que falhassem na tentativa de o obrigarem a seguir um rumo razoável.

A estratégia “Dois Pilares”

Assegurada a subserviência iraniana aos interesses norte-americanos, as respectivas políticas externas foram eficazmente alinhavadas em quase todas as matérias que diziam respeito aos dois parceiros. Assim sendo, não admira que vejamos uma permanência de interesses e relações que se perpetua ao longo de várias administrações norte-americanas, desde Truman na década de 1940 até a Jimmy Carter em 1979. O que por vezes falha no estudo das relações EUA-Irão é um entendimento regional desta aliança.

Inserida num ambiente internacional mais abrangente de oposição Este-Oeste, é de fácil apreensão a importância que o Irão desempenhava no jogo estratégico de alianças e ameaças na região do Médio Oriente. Em plena Guerra-Fria, como viria George Kennan defender na sua doutrina do Containment, os EUA necessitavam de encetar esforços redobrados para impedir a proliferação da ideologia comunista nos continentes Europeu, Africano e Asiático, e o Médio Oriente, como região vital aos seus interesses e de todo o bloco ocidental, e até mesmo soviético, constituíam uma arena de especial conflitualidade. Assim, a estratégia dos “Dois Pilares”assentava numa cooperação trilateral entre os EUA, Irão e Arábia Saudita, coligação que asseguraria não só a estabilidade regional como o desenvolvimento sustentável e próspero dos três principais actores no Médio Oriente.

Desta forma, Washington delegava nos seus aliados muçulmanos mas tendencialmente modernizantes e pró-ocidentais, responsabilidades mais pragmáticas como a liberalização dos seus mercados e política interna, redução da influência e poder do clero islâmico, melhoramento das suas esferas jurídicas para garantirem uma maior liberdade, e direitos e deveres mais equilibrados e susceptíveis de atrair investimento internacional, estrangeiros e desenvolvimento da iniciativa privada, etc. O objectivo último era não só assegurar o contínuo abastecimento do Ocidente das suas tão desejadas fontes energéticas em petróleo e gás natural provenientes dos dois países com as maiores reservas de toda a região, como de estenderem eficazmente a sua influência para efeitos de contenção da ameaça soviética. Num clima de Mutually Assured Destruction (MAD), a deterrence e segurança internacionais encontravam-se debaixo da responsabilidade global da potência EUA, como podemos constatar com a celebração do Pacto de Bagdad, de 1955.

O binómio armas-petróleo

Embora já tenhamos referido anteriormente a importância que o petróleo teve na economia e política iranianas, e especialmente no seu relacionamento com os EUA, devemos contudo enaltecer a importância que o binómio armas-petróleo teve na política externa norte-americana durante toda a Guerra-Fria face ao Irão. De facto, nem sempre se prosseguiu com esta concepção inter-relacionada de segurança militar vs. segurança energética, pois a alteração da conjuntura internacional forçou diversos líderes a pensar de formas diversas as potencialidades que poderiam advir de uma parceria mais profunda e multifacetada.

Como forma de assegurar as boas relações com o Irão, e satisfazendo também interesses próprios para alimentar a sua indústria de defesa enquanto prosseguia a corrida armamentista contra Moscovo, os EUA venderam e patrocinaram a transformação do Irão num autêntico Estado policial no qual o Shah, detentor da maior fortuna e poder no país, detinha também o monopólio das compras de armas ao estrangeiro, onde os EUA eram um aliado preferencial e quase exclusivo. Assim, não só assegurava a concentração de poder na sua pessoa, como mantinha a unidade política dentro do seu círculo político interno coesa e longe de tentativas subversivas contra o regime monárquico.

É ainda de notar que ao longo que as dissensões populares foram ganhando intensidade, assim observamos a um maior gasto na despesa, chegando a orçamentos anuais de 4,5 biliões de dólares, uma soma abismal para aquela altura, mas suportável através das divisas provenientes do petróleo e empréstimos realizados à Federal Reserve. Assim, e utilizando dados contidos na obra já referida do Professor Doutor Hélder Santos Costa, eis as compras do Shah em termos de equipamento militar na década de 1970:

Oitenta F-14, 2 biliões US$
169 caças Northrop F-5E/F. 480 milhões US$
209 caças-bombardeiros MC Donnell-Douglas F-4 Phantom, 1 bilião US$
160 General Dynamics F-16, 3,2 biliões US$
7 aviões de vigilância com radar Boeing E-3A Awacs, 1,2 biliões US$
202 helicópteros para vasos de guerra Bell AH-1J Cobra, 367 milhões US$
326 helicópteros para transporte de tropas Bell Model-214, 496 milhões US$
25.000 mísseis anti-tanque Dow e Dragon, 150 milhões US$
4 contra-torpedeiros DD-963 Spruance, 1,2 biliões US$

A esta enorme transferência de poder bélico somou-se uma grande permuta de pessoal técnico especializado que compuseram e treinar os altos quadros iranianos das Forças Armadas, em todos os três ramos mas com especial incidência no Exército e Força Aérea. A salvaguarda dos mares encontrava-se à completa responsabilidade do CENSTRATCOM (Central Strategic Command), ou comando estratégico da marinha norte-americana para o Médio Oriente. Com a renúncia do governo britânico ao cumprimento das suas anteriores responsabilidades imperiais, em 1971, os EUA herdam assim toda a exclusividade de defesa do mundo Ocidental contra o império soviético, aprofundando ainda mais e sob as direcções de Richard Nixon e Henry Kissinger, então Secretário de Estado, a permissão do Shah aos stocks armamentistas do EUA. Os acordos estabelecidos entre estes locutores chegaram até a permitir ao Rei dos Reis a compra de qualquer equipamento militar norte-americano, à excepção do arsenal nuclear, o que logo suscitou o desagrado do Congresso, que não conseguiu reverter o processo por possuir uma maioria republicana.

Entre um misto de salvaguarda e aliança no plano internacional, e uma completa autonomia no nível interno, a relação EUA-Irão desenrolou-se no melhor interesse de ambos numa conjuntura alargada de oposição ideológica entre o capitalismo e o comunismo, na qual o Irão desempenhou um papel fundamental como baluarte pró-ocidental na estabilização do Médio Oriente. Esse seria um papel que sofreria uma reviravolta de 180º aquando da Revolução Islâmica, pois a pressão de Carter sobre o regime do Shah para se liberalizar, e a subsequente aquisição de maior poder na poder, levaria ao sucesso do processo revolucionário levado a cabo por Khomeini. O mundo mudaria em 1979, e com ele todo o mundo muçulmano, que agora subia para o palco da ribalta e para um crescente protagonismo nas relações internacionais até ao presente.

Mas não esquecendo esta contextualização, avancemos agora para o projecto reformista introduzido pelo próprio Shah, e razão pela qual este governante sempre fora designado de pró-ocidental e modernizante, procurando eliminar pela raiz e definitivamente os apegos religiosos da sua população ao Islão, que considerava contra-producente e redutor da identidade nacional iraniana a uma comunidade de crentes mal definida espacialmente e causa de grandes distúrbios. Isto, contudo, sem renegar completamente a sua própria crença no Profeta e em Allah, embora relegando essa espiritualidade para o recanto da sua vida privada. Era exactamente esse, aliás, o intuito último do Shah, separar completamente as esferas política e religiosa, pois achava a sua combinação uma mistura potencialmente explosiva para o país.


  • Prólogo

  • Introdução

  • O Irão da Pérsia aos Safávidas

  • O Islão na Pérsia

  • O Irão dos Safávidas ao Pahlavis

  • O Jogo do Petróleo

  • O Início da Relação Irão-Ocidente

  • O Irão na II Guerra Mundial

  • O Irão na Guerra-Fria

  • O Projecto Reformista do Shah

  • Um Desagrado Crescente

  • As Manifestações de Janeiro, 1978

  • O Incêndio de Abadan

  • A Sexta-feira Negra

  • Os Últimos Dias do Trono do Pavão

  • O Período Pós-Revolucionário

  • Conclusão e Bibliografia
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