17 abril, 2008

A Revolução Islâmica - Um Desagrado Crescente

Um desagrado crescente

Se quisermos fazer um levantamento e análise exaustivas dos vários acontecimentos que levaram à deposição do Shah Pahlavi e à ascensão do Ayatollah Khomeini e subsequente criação da República Islâmica do Irão, teremos que recuar até Janeiro de 1978. Nesse mês ocorreu um dos eventos que, apesar de não ser inédito, acordou o país da inércia conservadora e iniciou o processo revolucionário popular e populista. Importa, pois, averiguarmos toda a evolução que decorreu ao longo do ano de 1978, estendendo-se até 1 de Fevereiro de 1979.

Avançando com uma pequena contextualização, podemos observar que ao longo de todo o reinado em que o Shah Mohammad Reza esteve no Trono do Pavão, a nação iraniana foi testemunhando um gradual aumento da sua indignação e contestação face ao monarca, assim como ao seu aparelho governativo. Com efeito, o único período de relativa estabilidade no Irão em todo o século XX parece ter sido aquele subsequente à Revolução Constitucional de 1906, e mesmo essa demonstrou a sua fragilidade quando os resultados obtidos não coincidiam exactamente com as reivindicações realizadas. Os tempos eram difíceis, especialmente após a II Guerra Mundial, e a conjuntura interna e externa não promoviam o orgulho e bem-estar nacional tão desejado.

A solução surgiu com o constante aumento dos preços do barril de petróleo, recurso natural o qual o Irão possuía em abundância. Desta forma, e consubstanciada na aliança com Washington, a reconstrução do país deu-se a passos largos, surpreendendo até os mais optimistas analistas do pós-guerra. Neste sentido, existe um paradoxo que necessita desmistificação, pois à partida a injecção de capital estrangeiro e produção de riqueza em quantidades exorbitantes poderia significar uma melhoria proporcional na qualidade de vida da população e melhoramento dos vários índices nacionais do país, quer em termos de industrialização, infra-estruturas, saúde, etc. No entanto, o sucedido foi o contrário, pois toda a riqueza chegava directamente às mãos do Shah, suas Forças Armadas e Corte, resultando numa melhoria muito pouco significativa da situação da população. De facto, é frequentemente referida a 2.500ª Festa de Celebração da Fundação do Império Persa, organizada em Persépolis, antiga capital do Império Persa em Outubro de 1971, que reuniu sobretudo figuras estrangeiras pertencentes à nobreza europeia, elite industrial e comercial do Ocidente, e outras figuras proeminentes dos Estados vizinhos como o Bahrain, Qatar, Emirados Árabes Unidos, etc. Esta festa, contudo, teve a particularidade não só de impossibilitar a participação da população, como pautou-se por extravagâncias como o consumo astronómico de caviar do Cáspio e champagne francês, cozinha confeccionada por chefs franceses contratados exclusivamente para a ocasião, serviço de luxo para acomodação em hotéis e transporte personalizado uma vez no território, etc. Não obstante, nas urbes das mesmas províncias, a população enfrentava maus anos agrícolas, quebras na produtividade, aumentos na inflação e impostos, aumento nas restrições económicas e políticas ao comércio tradicional, e fome alargada. Este festim constituía a segunda afronta cultural e social que o novo Shah atirava à cara da nação iraniana, seguindo-se à sua coroação glamorosa em 1967.

Com as crises petrolífera, especialmente a de 1973, e sucedendo-se à abolição da taxa de câmbio fixo por Richard Nixox na presidência dos EUA, os lucros provenientes da venda de petróleo renderam ao Irão um poder de compra em mercados internacionais dificilmente imaginável apenas uma década antes. Apesar de tudo, grandes somas eram dedicadas ao orçamento de defesa, luxos do Shah e da sua enorme Corte, dinheiro extraviado numa corrupção sistémica, e desperdício devido a um mau planeamento económico-social. Um desemprego estrutural que afectava milhões, sobretudo de jovens iranianos, permitiu o desenlace de movimentos de oposição que até não tinham tanta proeminência. Como vários analistas norte-americanas vieram a exclamar, o Irão era um barril de pólvora aliado a um barril de petróleo. Os resultados, nessa lógica, não poderiam ser promissores.

Assim, uma catadupa de acontecimentos levou rapidamente ao descontentamento que levou às manifestações de 1978. Entre eles, e somando-se aos anteriormente referidos, o Shah decidiu criar o partido Rastakhiz em 1975, alegadamente populista e popular, mas que mais não fazia do que realizar uma oposição que convinha ao regime, enquanto colectava mais impostos da população e dificultava a associação de iranianos em movimentos comerciais ou sociais. No ano seguinte, em 1976, o Shah alterou ainda o calendário solar muçulmano para um imperial, enaltecendo não só os grandes feitos da Antiga Pérsia – pois começava na ascensão ao trono de Ciro, o Grande –, como afirmava a proeminência do regime monárquico durante toda a história da Pérsia, do qual a dinastia Pahlavi era descendente legítima. As reacções, como podemos calcular, fizeram-se sentir à medida que mais e mais pessoas ganhavam na oposição religiosa um móbil de reivindicação suficientemente forte para responder aos seus anseios.

Nesta sequência, em 1977 foram organizadas as primeiras manifestações de realce em Teerão, as quais levaram ao encerramento da Universidade Politécnica de Teerão. Realizada maioritariamente por estudantes, mas instigados por algumas facções do clero shiita mais nacionalistas, estes protestos revelaram à população o Estado deplorável com que se encontrava o país, assim como a sua capacidade de, lideradas por Ayatollah Khomeini, fazerem demonstrarem a sua insatisfação ao Shah. Comecemos, pois, por analisar alguns dos factores que prepararam o conturbado ano de 1978.

A ascensão dos mullahs

Uma das forças motrizes que alimentou e utilizou o descontentamento da população para promover os seus próprios interesses foi a classe dos mullahs. Este clero shiita, baseado em alguns preceitos da sua doutrina, desempenhou um papel que viria a reunir sob a sua alçada a defesa dos valores e costumes tradicionais do Irão, como o foram aqueles do Islão. Com efeito, os mullahs efectivaram o seu domínio sobre a oposição por acusarem habilmente o Shah de procurar uma ocidentalização forçada do seu regime, economia e população, o que não deixava de ser verdade em muitos aspectos. Recorrendo frequentemente a uma terminologia ilustrativa do passado histórico do Shiismo, especialmente ao episódio de Hussain, e a uma fulgurosa retórica por parte de Khomeini, exilado no vizinho Iraque, expondo a podridão de todo o modelo monárquico e suas malfeitorias no Irão, é da maior importância tomarmos em consideração o papel fundamental do clero mentor da Revolução.

Recuando às suas origens, a oposição dos mullahs é tão antiga quanto a dinastia Pahlavi iniciada por Reza Khan em 1921. Na altura, Reza, O Grande, logo encetou vários esforços para centralizar todo o poder político na capital, assim como no seu aparelho governativo sob o qual detinha controlo quase absoluto. Para tal, foi-lhe necessário combater os líderes tribais que, quando não ameaçavam secessão, constituíam redutos nos quais o poder do Shah não exercia controlo. Ademais, os conservadores shiitas aliavam-se a estes grupos tribais nos quais a promiscuidade entre o poder político e religioso era inextrincável. Assim, os esforços modernizantes do Shah Khan encontravam uma acérrima oposição, ainda mal coordenada e bastante reactiva, que se limitava a procurar contrariar a implementação das políticas do Shah.

Contudo, com o passar dos tempos, não só a posição do Shah foi tornando-se cada vez mais rígida em relação à contraposição entre e os valores conservadores tradicionais, simbolicamente representados por aqueles do Islão, e os seus valores mais liberais de melhoramento das condições materiais para tornar novamente o Irão um importante actor das relações internacionais, à semelhança do seu homólogo turco – Kemal Atatürk. A sorte que lhe esperou, no entanto, foi outra.

Após a sua destituição pelas forças soviéticas e britânicas, Reza Khan foi enviado para o exílio, dando lugar à ascensão do seu filho, Mohammad Reza Pahlavi. Se a oposição conviveu com maior ou menor estabilidade com a primeira dinastia Pahlavi, o mesmo não poderemos afirmar em relação à segunda. Não só os projectos do novo Shah envolviam uma modernização muito mais profunda e acelerada, como ainda possuía meios repressivos para fazer anular qualquer foco de tensões entre a sua perspectiva das restantes. O culminar desse conjunto de medidas de reforma no sentido de modernizar o Irão foi em 1963, com a chamada Revolução Branca já aqui escalonada. Não obstante, a um novo ímpeto no processo de ocidentalização prosseguido pelo Shah, uma nova figura emergiu entre os mullahs que viria a contestar aberta e frontalmente a legitimidade, autoridade e moralidade dessas medidas, um homem de algum protagonismo e influência que encabeçaria doravante toda a oposição religiosa, assim como os intuitos revolucionários. Esse homem era Ayatollah Ruhollah Khomeini.

Ayatollah Ruhollah Khomeini

Em 1963, com o início da chamada Revolução Branca iniciada pelo Shah, fizeram-se sentir entre a comunidade clerical shiita enormes protestos face às políticas anunciadas. Estas, entre as quais ressalvamos umas particularmente lesivas para o clero, visavam reduzir o número de privilégios e possessões dos mullahs, afastando progressivamente o Islão do Irão. Assim, como determinamos o encerramento da Universidade Politécnica de Teerão como o evento que inaugurou o período das grandes manifestações civis laicas contra o regime, é em 1963 que identificamos o início da escalada de hostilidades entre o Shah e os mullahs.

Esta dicotomia deve muito da sua justificação às acusações que o Ayatollah Khomeini fez do Shah, divulgando em orações, declarações e outros eventos públicos a corrupção, decadência, insucesso e imoralidade do Shah, suas Cortes e Revolução Branca. Apelou ainda aos valores do Islão, especialmente no que dizia respeito ao planeamento territorial, papel das mulheres, e reconhecimento igualitário dos direitos de algumas minorias religiosas face a outros grupos. Num período particularmente activo da sua polícia secreta, Reza fez a Savak prender o líder espiritual, pretendendo sufocar os tumultos que emergiam na cidade santa de Qom, de onde Khomeini era natural. Não obstante, os resultados foram contrários aos esperados. Imediatamente à prisão de Khomeini, surgem manifestações de rua por toda a cidade, manifestações essas que se estenderam ao longo de três dias e que reuniram a simpatia de outras cidades cuja comunhão de interesses e opiniões era transversal, especialmente em Teerão com a reunião de até 40.000 pessoas. Passados esses três dias, o Shah decretava a libertação do Ayatollah, deixando atrás de si uma paisagem de destruição, revolta e morte, contando-se cerca de 400 vítimas segundo estimativas mais recentes.

No ano seguinte, em 1964, Khomeini foi condenado ao exílio pelo Shah Pahlavi, tomando refúgio no Iraque de onde pretendia continuar a comandar as manifestações populares que ameaçavam a estabilidade política e económica por todo o país. Entretanto, a participação dos conhecidos e influentes bazaaris, mujahiddins, estudantes, classe média e desfavorecidos atribuía ao movimento revolucionário uma dimensão tal que exigiu do Shah um esforço tremendo para manter as hostes sob controlo, ou pelo menos deixando-as agir sem danos de maior importância ao governo.

Os bazaaris, mujahiddins, estudantes, classe média e desfavorecidos

Somando-se à incontornável influência dos mullahs, outros grupos sociais desempenharam um papel catalisador dos acontecimentos. Pela sua diversidade e partilha de reivindicações, podemos realmente afirmar que a Revolução Islâmica foi uma de carácter popular e populista, pois praticamente todos os estratos da sociedade iraniana participaram de forma activa e constante ao longo de todo o processo. De forma breve, e não pretendendo exaurir a completa dimensão da contestação de cada um destes grupos, eis o seu papel:

Bazaaris – grupo social histórico na comunidade iraniana, os bazaaris são os comerciantes que prosseguiam as suas actividades económicas em centros de comércio urbano, trocando toda a espécie de produtos às pessoas interessadas. Estes centros comerciais constituíam uma importante instituição social pois neles se reuniam todo o tipo de pessoas onde trocavam ideias, capital, experiências, e, em suma, se realizavam importantes actividades sociais. Frequentemente negócios de família da baixa e média burguesia, os bazaaris constituíam um dos centros nevrálgicos de toda a sociedade iraniana, pois eram responsáveis pela transição entre a economia industrial ou citadina e aquela rural, sobretudo alimentar. À medida que o Shah prosseguiu com as suas campanhas de reforma, um dos grupos sociais mais duramente afectados foram efectivamente os bazaaris, cujos projectos de aumento da competitividade dos produtos iranianos nos mercados internacionais, aumento da tributação e restrição à actividade comercial, etc., causaram não só enormes taxas de desemprego e descontentamento, como também situações de potencial volatilidade, como aquela que assistimos com a Revolta do Tabaco, também protagonizada sobretudo por bazaaris.

Mujahiddins – este grupo de guerrilheiros anti-monárquicos vai tomar na doutrina marxista o fundamento para as suas actividades, procurando contudo misturar noções corânicas com aquelas do Manifesto Comunista. A sua luta situava-se na lógica de uma luta de classes, em que a organização mujahiddin, existente noutros países do Médio Oriente ao longo da Guerra-Fria dos quais realçamos o Afeganistão, executava missões de sabotagem e ataque a pequenos grupos militares e governamentais do regime com vista a aumentar a sua notoriedade e influência subversiva dentro da comunidade. Os seus resultados eram maioritariamente de desgaste, pois nunca apresentaram uma verdadeira ameaça ao regime do Shah, não só pela sua falta de meios, como também pela ausência de um projecto suficientemente esclarecido para apresentar um verdadeiro modelo governativo alternativo àquele existente na época. Mas a somar-se à contestação generalizada, é óbvio que as suas acções de luta contra o poder central do regime contribuíram para o exacerbar da revolta contra o Shah.

Estudantes – os alunos iranianos, sobretudo do Ensino Superior, sempre demonstraram uma enorme acuidade face às principais questões políticas da sua altura. Seriamente prejudicados pelas reformas e regime monárquico, viam-se frequentemente subordinados a um aparelho governativo constituído por incompetentes, corruptos, oligarcas e parasitas, cujas políticas e poder eram autênticos atentados contra a consciência e conhecimento aprofundado da sua sociedade. Perdida nas suas extravagâncias, afastamento da realidade e demais vícios, a Corte foi sendo severamente atacada pelos intelectuais, que foram mobilizando mais e mais atenções, acabando por arrastar a participação da classe média e outros grupos sociais que não tinham imediatamente que ver com a oposição religiosa e guerrilheira.

Classe média – como vimos anteriormente, a classe média foi um dos grupos sociais que mais tardou em demonstrar publicamente o seu desagrado face ao regime. Tradicionalmente interpretada como elemento de estabilidade, a classe média iraniana aliada aos bazaaris e estudantes, subordinaram-se mais à liderança shiita do que a constituírem um movimento de oposição autónomo. Assim, à medida que os mullahs ganhavam preponderância, a facção laica foi perdendo cada vez mais importância, até ceder completamente aos intuitos mais radicais. A gota de água desta oposição laica foi definitivamente derrubada no Incêndio de Abadan, como veremos adiante.

Desfavorecidos – constituídos pela plebe, pobres e outros deserdados, na nomenclatura do Professor Doutor Hélder Santos Costa, os desfavorecidos desde o começo agarraram a oportunidade de lutarem por melhores condições. Atingido pelo desemprego, analfabetismo, fraca representatividade política e parcos benefícios sociais, nos desfavorecidos as várias facções religiosas e laicas encontravam constantemente as massas e audiência para as suas reivindicações e manifestações. Obtinha-se assim uma total transversalidade social, uma mobilização de todos os grupos sociais contra o regime do Shah.

A Savak

Analisando os precedentes da Revolução Islâmica, é incontornável a referência à polícia secreta do regime do Shah, a Savak. De facto, devemos entender a importância da Savak como uma força paralela à imagem do Shah perante a nação iraniana, pois embora o Shah fosse por vezes entendido como uma figura algo distante da vida pública, do qual apenas provinham medidas controversas a partir das quais se construía uma oposição, a Savak era uma política de Estado que semeava o terror por toda a sociedade. Treinada pela Mossad e pela CIA, e patrocinada por dólares norte-americanos, a Savak foi criada em 1957 para reprimir as dissensões internas e qualquer oposição que pudesse surgir contra o regime.

Recorrendo a prisões sem mandato nem justa causa, a censura em todos os meios de comunicação, torturas e assassinatos frequentes, esta polícia desempenhava um papel fundamental na manutenção do regime durante todas as revoltas e manifestações que testemunhou antes do seu derrube. Aliás, comparando com as suas contemporâneas KGB da URSS e Mossad de Israel, a Savak iraniana combinou uma fórmula altamente eficiente de baixo pessoal operacional mas investimento logístico e tecnologia de ponta para espalhar a sua rede de contactos e recolha de informações dentro e fora das fronteiras do Irão. Julga-se que a própria ausência de um movimento comunista mais activo e eficiente a actuar neste período conturbado e propício à intervenção da URSS e/ou seus agentes, deve-se sobretudo à capacidade da Savak em desmantelar células comunistas nas províncias mais distantes de Teerão, e sobretudo naquelas situadas a Norte onde a proximidade com a URSS era mais evidente e propícia a infiltrações de agentes inimigos. Assim, no seu rol de missões contam-se assassinatos e torturas contra proeminentes figuras intelectuais e religiosas, especialmente em Teerão, nos quais se conta o Ayatollah Saidi, grande opositor clerical à mudança de calendário islâmico para o imperial; e o General Teymur Bakhtiar, o próprio fundador da Savak.

Portanto, seria também inconsistência referir que algumas das causas que levaram às múltiplas manifestações de rua, não só organizadas pelo clero shiita mas onde também participaram moderados civis, relacionavam-se com os métodos pouco ortodoxos utilizados pelos polícias Savak, o que somando à fraca cobertura jurídica das suas actividades, permitia-lhes agir quase sem restrições legais algumas. Mas tanto propiciaram a manutenção do Shah no poder como causaram a sua queda, pois as acusações provenientes dos EUA em relação às constantes violações dos direitos humanos e sociais, falta de democraticidade e transparência governativa, levaram o Shah a abrandar a sua repressão e a introduzir um novo período de liberalização, não em termos formais mas ao conceder maiores concessões à oposição e a libertar as forças armadas de um trabalho coercivo tão intenso. Este acabaria por ser o passo final no declínio visível do Rei dos Reis.


  • Prólogo

  • Introdução

  • O Irão da Pérsia aos Safávidas

  • O Islão na Pérsia

  • O Irão dos Safávidas ao Pahlavis

  • O Jogo do Petróleo

  • O Início da Relação Irão-Ocidente

  • O Irão na II Guerra Mundial

  • O Irão na Guerra-Fria

  • O Projecto Reformista do Shah

  • Um Desagrado Crescente

  • As Manifestações de Janeiro, 1978

  • O Incêndio de Abadan

  • A Sexta-feira Negra

  • Os Últimos Dias do Trono do Pavão

  • O Período Pós-Revolucionário

  • Conclusão e Bibliografia
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