O Irão, um actor marcadamente menor e pró-ocidental até à sua Revolução Islâmica de 1979, pouco ou nenhum interesse projectou no Cáspio. Antes da II Guerra Mundial, não possuía sequer uma indústria petrolífera autónoma, estando dependente da presença da Grã-Bretanha e seu sector económico privado. A Anglo-Iranian Oil Company, fundada em 1908 sob o nome de Anglo-Persian Oil Company foi, a título de curiosidade, a primeira empresa petrolífera a desenvolver as suas actividades de extracção, produção e exportação em todo o Médio Oriente. As reservas que hoje constituem a segunda maior economia de toda a OPEP eram integradas num sistema económico alargado de produção de petróleo que estava nas mãos das grandes empresas multinacionais ocidentais, como era o caso das contemporâneas British Petroleum, Exxon Mobil, Shell, entre outras. Neste âmbito foi criada a Organização de Países Produtores de Petróleo em 1961, com vista exactamente a reduzir essa influência externa no mercado do petróleo e derivados.
Por outro lado, a influência russa na região é tendencialmente hegemónica. O diálogo estabelecia-se, portanto, entre estes dois actores, a URSS/Rússia, e a Pérsia/Irão.
Este espaço constitui uma de cinco regiões altamente ricas em reservas petrolíferas, sendo que as restantes são o Médio Oriente, Mar do Norte, Árctico, Mar das Caraíbas. Não admira pois que sobre ela recaíam atenções internacionais redobradas.
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