04 agosto, 2008

O Conflito Israelo-Palestiniano - A I Intifada

Dezembro de 1987 -Setembro de 1993

Quando se fala na primeira intifada, é necessário ter em conta que esta não foi só um levantamento da população palestiniana contra Israel, mas também contra a ideia de incorporar os territórios palestinianos na Jordânia.

No que diz respeito a Israel, os palestinianos queriam deixar claro que não iriam permitir a manutenção da ocupação dos seus territórios. Em debates existentes dentro do Estado israelita, muitos políticos de direita, tais como o Primeiro-Ministro Shamir, afirmavam continuamente que os palestinianos, na sua generalidade estavam contentes com o facto de serem governados por Israel, e apenas exigiam um pouco mais de autonomia local ou regional. Usava-se como argumento principal as contínuas melhorias a nível de infra-estruturas que tinham ocorrido nos territórios palestinianos e a melhoria do nível de vida. Afirmava-se que apenas alguns radicais, afiliados com o OLP, contestavam a governação israelita. Assim, a mensagem que os palestinianos queriam transmitir era que eles existiam, que tinham direitos políticos, e que não existiria paz até que esses direitos não fossem reconhecidos e respeitados. Queriam também demonstrar ao Governo e à população israelita que, caso insistissem em tentar manter os territórios sob ocupação iriam retirar dai mais custos do que benefícios.

Antes das intifadas, a maioria dos Israelitas, embora não vissem a Faixa de Gaza e a “Margem Ocidental” como território seu, achavam que Israel tinha e devia ter a uma ligação especial com esses territórios. Após 1987, esta visão mudou.
Os palestinianos queriam também persuadi-los de que havia uma alternativa à ocupação, que eles não desejavam destruir o Estado judeu, mas meramente realizar o anseio de terem, também eles, o seu próprio Estado.

O episódio que despoletou a primeira intifada foi o atropelamento acidental de quatro trabalhadores árabes na Faixa de Gaza a 9 de Dezembro de 1987 por um tanque israelita. Após este incidente, espalhou-se o rumor de que isto tinha sido um acto propositado em represália pelo israelita que tinha sido morto poucos dias antes num mercado de Gaza. O funeral em honra de 3 dos falecidos, que se realizou ainda nessa mesma noite, rapidamente se transformou numa grande demonstração contra o ocupante israelita. Os protestos continuaram também no dia seguinte, e atingiram uma escala de intensidade que surpreendeu tanto os Israelitas como a maioria dos palestinianos. Alias, julgando que estes protestos não eram nada de extraordinário e que depressa esmoreceriam, o Ministro da Defesa israelita partiu numa viagem para os EUA.

Para perceber o porquê destes protestos terem atingido proporções até ai inimagináveis é necessário ter em conta três factores: o primeiro era a revolta sentida pelos palestinianos pela ocupação do seu território por colonatos judeus que não paravam de crescer; o segundo está relacionado com uma série de eventos internacionais que aumentaram, no seio dos palestinianos, a ideia de isolamento e de que apenas podiam contar consigo próprios para se verem livres da ocupação e garantir a sua autonomia. Não eram só os territórios ocupados pelos Judeus que aumentavam, mas também aquilo que os palestinianos viam como actos intimidativos e provocadores. Uma das queixas mais frequentes dos palestinianos visava os inúmeros pontos de controlo pelos quais tinham de passar. Estes pontos de controlo eram vistos pelos palestinianos mais como actos vexatórios do que como genuínas medidas de segurança. O facto de muitas vezes nestes pontos de controlo não estarem soldados Israelitas, mas sim colonos, geralmente adolescentes que conduziam as buscas sem o mínimo de maturidade e respeito, ainda aumentava mais a sua indignação.

O terceiro factor estava relacionado com o abastecimento de água: frequentemente cidades e aldeias palestinianas enfrentavam cortes de água, porque esta era desviada para os colonatos Israelitas. A preocupação cresceu quando, nesse mesmo ano de 1987, as autoridades Israelitas anunciaram o seu plano de desviar alguns cursos de água para um depósito capaz de abastecer Jerusalém e outros colonatos judeus circundantes com 18 milhões de metros cúbicos adicionais. Embora este plano tenha sido abandonado devido a pressões internacionais a ameaça do que os Israelitas poderiam fazer com os recursos comuns continuou a pairar sobre os palestinianos.
Emil Nakleh, um académico americano de origem palestiniana tinha visitado Gaza alguns meses antes do início da intifada e escreveu: “Gaza assemelha-se a uma panela de pressão prestes a explodir. Neste canto esquecido da Palestina somos testemunhas de sobrelotação, pobreza, violência, opressão, más infra-estruturas sanitárias, raiva, frustração, droga e crime. De dia para dia, a população torna-se mais ressentida e rebelde. Os militares respondem tornando-se cada vez mais opressivos”

Ann Mosely Lesch, que também visitou os territórios palestinianos pouco antes do início do “levante” escreveu mais tarde: “ Os palestinianos sentiram que tinham chegado a um beco sem saída: não estavam a viver como pessoas livres e não tinham qualquer esperança para o futuro: sentiam-se bloqueados internamente e sentiam que do exterior, não iam receber qualquer tipo de ajuda. A OLP estava demasiado fragmentada e distante, e os restantes Estados árabes tinham perdido o interesse na questão. A URSS e a Europa não estavam muito interessadas no assunto e os EUA estavam demasiado ligados a Israel para compreender a situação palestiniana, quanto mais para produzir um acordo satisfatório entre as partes.”
Um correspondente da Jerusalem Post dizia: “o medo, a suspeita permanente, e o ódio crescente substituíram qualquer esperança de diálogo entre Israelitas e palestinianos.”


O espoletar da Intifada

A intifada começou em Jabalia, no ano de 1987, onde os populares revoltosos queimaram pneus e atacaram com pedras os soldados lá estacionados. A revolta foi buscar muita da sua força aos palestinianos “alojados” nos campos de refugiados no interior de Israel. Estamos a falar de cerca de 450 000 palestinianos (a maioria dos quais filhos ou netos dos refugiados de 1948), que viviam em condições deploráveis. Aqui encontrava-se com facilidade quem estivesse disposto a por a sua vida em risco apenas para desafiar o “ocupante”. Em adição a este número devemos ainda contar com os 500 000 palestinianos que viviam na Faixa de Gaza.

Rapidamente assistiu-se a uma espiral de violência crescente onde nos primeiros ataques foram utilizadas pedras contra os soldados Israelitas que estavam nos territórios ocupados, depois cocktails molotov e finalmente armas de fogo. Esta era o culminar de vários protestos e ataques preparados por árabes palestinianos contra os “ocupantes ilegítimos” das suas terras. Durante esta primeira intifada houve greves, boicote a produtos Israelitas, circulavam panfletos apelando à luta pela libertação e em vários locais foi içada a bandeira palestiniana (isto foi declarado ilegal segundo a lei marcial israelita, e alguns palestinianos chegaram mesmo a ser abatidos enquanto tentavam içar as bandeiras). Mas o que ficou como imagem de marca deste levantamento popular foi tanto adultos como crianças a atirar pedras aos Israelitas (daí ter também ficado conhecida por “Guerra das Pedras”). A intifada espalhou-se, desde os campos de refugiados, até às cidades e até às aldeias no “Margem Ocidental. Estas mesmas aldeias vieram a desempenhar um importante papel, visto que, devido à sua inacessibilidade geográfica, era difícil aos soldados Israelitas mantê-las sob controlo.

Os protestos atingiram também Jerusalém oriental, algo que a diferenciou de protestos anteriores. De forma a tentar manter Jerusalém oriental sob controlo, Israel sempre tentou seguir uma política de convivência pacífica com os árabes aqui residentes. Assim, estes tinham uma liberdade de expressão considerável, tal como pouquíssimas restrições políticas. Em contrapartida Israel esperava deles que mantivessem a paz social e confinassem os seus protestos à forma oral e escrita. Isto tinha funcionado até aos finais de 1987 quando os árabes de Jerusalém participaram em larga escala nos protestos: declararam greves, abrindo as suas lojas apenas durante curtos períodos, tal como era prescrito pelo “comando central” emergente da intifada, o UNLU. Jerusalem oriental tornou-se também palco de confrontos entre os seus residentes árabes e a polícia israelita. Assim, Jerusalém antes apontada como um bom modelo de convivência entre judeus e árabes, tornou-se numa cidade dividida.

Logo nos primeiros meses da intifada surgiram comités locais. Estes tinham a seu cargo não só a intifada propriamente dita, mas também a gestão de alguns serviços sociais, tais como o abastecimento dos campos de refugiados, implementar programas educacionais (pois grande parte das escolas tinham sido fechadas pelos Israelitas), bem como tratar daqueles que tinham sido feridos durante os protestos. A sua grande contribuição durante os primeiros meses da intifada foi a mobilização dos cidadãos de todos os estratos sociais, tornando-os parte de uma organização social e politica organizada, e não um mero alvo para a sua propaganda. Outro dos objectivos destes comités era a auto-suficiência e o distanciamento face a Israel. Assim, apelava-se ao boicote de produtos Israelitas, bem como à recusa em pagar impostos e que os palestinianos evitassem, tanto quanto possível, trabalhar em Israel.


A acção dos Comités

A acção destes comités promoveu o surgimento de um comité central, o UNLU (Unified National Leadership for the Uprising) que inicialmente tinha sido criado para coordenar o abastecimento de alimentos e medicamentos a comunidades cercadas, mas cuja acção rapidamente evoluiu para a coordenação de liderança da intifada. A sua estrutura e os seus membros eram secretos, e comunicavam com a comunidade palestiniana através de panfletos distribuídos durante a noite. Os primeiros panfletos apareceram a 4 de Janeiro de 1988. Nestes panfletos revelavam-se os protestos previstos para os próximos tempos (os panfletos surgiam geralmente em intervalos de uma semana e meia), tais como greves comerciais, greves nos transportes públicos, demonstrações, etc. É também importante referir que as acções às quais os panfletos da UNLU apelavam eram maioritariamente de cariz não-violento.

A UNLU era uma união de vários movimentos e facções palestinianas, na qual a OLP cedo demonstrou ser quem assumia a tarefa de falar em público. Isto porque a UNLU queria manter os seus membros tanto quanto possível em segredo e afirmava ter afinidades ideológicas com a OLP. Porém a UNLU, per se, sempre teve uma posição bastante moderada e nunca pós em causa a existência de um Estado israelita.

A UNLU/OLP apelava à participação de revivalistas islâmicos, tais como a Muslim Broterhood, isto embora a OLP sempre tivesse sido um movimento secular. Curiosamente, no início, Israel chegou a prestar algum apoio a estes revivalistas, permitindo que eles estabelecessem algumas instituições de ensino na Faixa de Gaza, embora eles nunca tenham escondido ser a favor da substituição de Israel por um Estado fundamentalista islâmico. Israel raramente perseguia os líderes desta facção, enquanto o fazia sistematicamente com os membros da OLP. Alimentava a esperança que os palestinianos se dividissem entre a OLP e os revivalistas, enfraquecendo assim o movimento de contestação. Porém, quando os revivalistas decidiram integrar a “Frente da Oposição à Ocupação dos Territórios”, Israel teve de admitir que esta estratégia tinha falhado. Após o êxito dos fundamentalistas libaneses em expulsar os Israelitas e as forças multinacionais do seu território, este movimento ganhou mais força também nos territórios palestinianos. Israel acabou por decidir prender o Sheik Ahmed Yassin, líder do movimento Al-Mujaama, um movimento filiado no movimento Muslim Brotherhood numa tentativa de acabar com este movimento fundamentalista.


Um volte-face no agravamento de hostilidades

O que tornou a intifada tão conhecida internacionalmente e levou a uma condenação por parte da opinião pública internacional a Israel, foram os métodos demasiado violentos empregues para conter os motins. Yitzhak Rabin, ministro da defesa aquando da intifada, deu aos soldados instruções para terem uma “conduta vigorosa” para terminar rapidamente com esta. Para além de deter e deportar aqueles que se suspeitava serem activistas, utilizavam armas de fogo para dispersar os manifestantes. Rabin justificava estas acções afirmando que os palestinianos não lhes tinham deixado outra opção e que esta era a forma mais rápida de terminar com a intifada. Porém, contrariamente às suas previsões, esta estendeu-se no tempo, e apesar dos inúmeros mortos do lado palestiniano, tornava-se cada vez mais forte.

Esta “conduta vigorosa” levou a que, em finais de Dezembro de 1987 o Conselho de Segurança aprova-se uma resolução criticando a conduta de Israel, e particularmente o facto de dispararem contra civis desarmados que tomavam parte nos protestos. Em resposta a isto Rabin anunciou a 22 de Janeiro que, a partir daqui só se usariam armas de fogo em situações em que a vida de Israelitas estivesse directamente ameaçada. Esta nova politica de dispersão de manifestantes que Rabin publicamente caracterizou por “vigor, força e espancamento” era menos letal, mas não menos brutal. Sob esta nova politica os militares usavam bastões para conter os manifestantes, muitas vezes batendo indiscriminadamente e até em civis que estavam em fuga. O próprio Rabin chegou a dizer aos soldados para “partirem os ossos” aos manifestantes.

O uso de métodos violentos estendeu-se também às chefias da OL exiladas em Tunes. Assim, a 16 de Abril de 1988 era assassinado Khalil al Wazir, personalidade muito chegada a Arafat, e acusado por Israel de ser a figura que coordenava a resistência.
Outros métodos empregues por Israel para conter a intifada foi o fecho de escolas e universidades, sob o pretexto de que eram centros contestatários. Também se cercavam comunidades inteiras, impedindo os seus habitantes de sair, mesmo para ir buscar comida. Por exemplo, o campo de refugiados de Jabalah estive cerca de 200 dias sob recolher obrigatório entre o início da intifada e Junho de 1989. Outro método controverso consistiu na demolição de casas nas quais se julgavam habitar jovens que tinham apedrejado soldados Israelitas. Também se procedia à censura de jornais árabes que circulavam em Jerusalém oriental, bem como ao fecho de várias organizações de caridade palestinianas e limitações à transferência de dinheiro para os territórios ocupados.

É importante ressaltar que mesmo Rabin chegou a afirmar, à medida que a intifada decorria e à medida que tanto ele como grande parte da opinião pública israelita percebiam que as causas desta eram profundas, que seria impossível acabar com a revolta e frustração dos palestinianos apenas por meios militares, mas isso não significava que eles estivessem dispostos a admitir uma continuação dos protestos. Porém, enquanto os palestinianos continuassem a exprimir-se de forma violenta estes líderes Israelitas continuavam a defender o uso da força. Eles não partilhavam da opinião dos palestinianos de que essa solução política deveria ser alcançada antes da intifada poder terminar.

Porém, não era só internacionalmente que a actuação de Israel era criticada: em Maio de 1989, aquando de uma cerimónia do “Holocaust Memorial Day” houve quem comparasse a actuação dos militares Israelitas face aos palestinianos com a actuação dos nazis. Embora a maioria dos presentes e dos Israelitas em geral não concordassem de todo com esta comparação, o facto de tal paralelismo ser traçado em Israel mostra o impacto profundo que a actuação dos soldados Israelitas teve na consciência dos Israelitas em geral, e o quanto estes discordavam dos métodos. De facto, embora a maioria dos Israelitas tenha apoiado durante muito tempo uma actuação vigorosa a conclusão de que uma forte repressão não tinha em nada contribuindo para o fim da intifada, e as imagens dos seus soldados a espancarem civis desarmados fizeram com que a opinião pública ficasse dividida neste tema. À medida que o tempo ia passando, o apoio a este tipo de medidas ia diminuindo. Assim, segundo uma sondagem realizada em Maio de 1990, apenas 30% continuavam a apoiar a política do “vigor, força e espancamento”.


A contagem dos custos

Em Dezembro de 1992 teve lugar um encontro secreto entre representantes de Israel e membros da OLP em Londres. Foi seguido por sessões secretas em Oslo, que culminaram num acordo de paz, assinado em Agosto de 1993 entre Yitzhak Rabin e Yasser Arafat.
Apesar do elevado número de mortos, sobretudo do lado palestiniano, e o facto de Israel ter conseguido conter os motins, muitos palestinianos consideram que a intifada lhes trouxe algumas vantagens:

  • Os palestinianos conseguiram afirmar a sua identidade enquanto povo, pondo fim à discussão sobre uma “solução Jordana”, ou seja, a junção dos territórios palestinianos com aqueles da Jordânia. A 31 de Julho de 1988 o rei Hussein fez uma declaração na qual afirmava renunciar definitivamente às suas reivindicações sobre o “Margem Ocidental”.
  • A questão palestiniana voltou a ter atenção internacional. Mesmo por parte dos países árabes, este assunto tinha sido relegado para segundo plano, visto estarem neste momento mais dedicados à resolução da Guerra Irão-Iraque. Os países europeus começaram a dedicar mais verbas para ajuda humanitária na Palestina.
  • Prejudicou economicamente Israel. Estima-se que este tenha perdido 650 milhões de dólares em exportações. Alguns sectores de prestação de serviços, nomeadamente o do turismo, também sofreram um grande impacto.
  • Se antes da primeira intifada muitos duvidavam que algum dia viesse a existir um Estado palestiniano autónomo, após os acordos de Oslo percebeu-se que isto seria apenas uma questão de tempo.


Porém, e embora esse fosse o desejo dos palestinianos, nem todos os Israelitas consideravam que eram eles quem deviam sair. Alias, segundo uma sondagem da Jerusalem Post, realizada em Agosto de 1988, 49% dos inquiridos considerava que a transferência dos palestinianos para fora da Faixa de Gaza e do “Margem Ocidental” era uma opção a ser considerada. Isto é significativo sobretudo se tivermos em conta o facto de que tal tema era tabu até há poucos meses atrás. Mas se esta foi uma das consequências da intifada, também houve outra, bem mais de encontro aos anseios palestinianos: alguns Israelitas reconheceram que não era no interesse do seu pais continuar a manter aqueles territórios sob ocupação, já que um Estado palestiniano independente poderia melhorar as condições de segurança de Israel, e não o oposto. Esta mudança de percepção também se deu ao nível de algumas chefias militares. Em 1988, alguns oficiais na reserva fundaram o Conselho para a paz e segurança (“Council for Peace and Security”), que defendia que a retirada da Faixa de Gaza e do “Margem Ocidental” era perfeitamente aceitável do ponto de vista militar.

No pós-intifada alguns analistas chegaram a afirmar que a Israel estava agora mais vulnerável a ataques vindo, por exemplo, as Síria, visto a maioria das suas tropas ter agora como principal função manter a estabilidade nos territórios ocupados.
Nas palavras do General Shlomo Gazit, um dos estrategas mais respeitados do Pais: “Embora os territórios possam ter algum valor de contos, no fim de contas eles são um fardo”
No mesmo sentido, Ze've Schiff, especialista em assuntos militares e cronista do “Ha'aretz” escreveu: “What was once considered a security belt may now be a security burden”.

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