04 agosto, 2008

O Conflito Israelo-Palestiniano - A Conferência de Paz de Madrid

Em 1991, na sequência da Guerra do Golfo, houve a conferência internacional de paz, em Madrid, na Espanha, para discutir um fim diplomático para o conflito israelo-árabe. Ficou previamente acordado que a conferência iniciasse em dois blocos paralelos de negociações: um bilateral, que trataria de conversações específicas entre Israel e os árabes e outro multilateral que envolveria várias delegações para discutir questões regionais amplas. A Conferência iniciou-se a trinta de Outubro de 1991 e incluía delegações de Israel, Síria, Líbano e Egipto e uma delegação conjunta jordano-palestiniana, assim como observadores de outras nações e organizações.

Israel e Estados Unidos não permitiram que uma delegação palestiniana participasse do evento e também que a OLP participasse abertamente do processo de escolha dos delegados palestinianos e que dirigissem as actividades. A solução encontrada foi os delegados palestinianos integrarem a delegação jordana. Os delegados palestinianos da delegação jordano-palestiniana tiveram o aconselhamento de um comité que mantinha contacto com a OLP, o que permitiu à organização desempenhar um papel nas discussões.

A Conferência terminou no primeiro dia de Novembro de 1991, logo após, seguiram-se conversações bilaterais em Madrid entre Israel e cada uma das delegações síria, libanesa e jordano-palestiniana. Israel aceitou encontrar-se com os palestinianos separadamente dos jordanos. As conversações multilaterais começaram em Janeiro de 1992, em Moscovo. A ONU foi convidada pelos co-patrocinadores, Estados Unidos e Federação Russa (antiga União Soviética), a participar das negociações multilaterais como participante efectivo.

Em meados de 1992, parecia que as conversações bilaterais tinham estacionado em várias questões políticas e de segurança. No entanto, sem que a maioria soubesse, senão um pequeno grupo, conversas secretas entre Israel e OLP estavam acontecendo na Noruega, conversações que culminariam com os históricos Acordos de Oslo mais adiante retratados.

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